Os diferentes tipos de tratamento de resíduos

No serviço de tratamento de resíduos, a primeira coisa a se fazer é avaliar todos os materiais e identificar as substâncias e componentes presentes. Para que isso seja possível, os resíduos são divididos entre diferentes tipos e classificações.

Essas divisões são necessárias para que os materiais tenham o tratamento e destino correto, encaminhando-os para o devido descarte, eliminação ou reciclagem, evitando dessa forma a contaminação do meio ambiente e inclusive a saúde das pessoas.

Na gestão de resíduos, existem duas divisões: as classificações dos resíduos e os tipos de tratamento dos materiais.

As características dos resíduos são o que define suas classificações. Os resíduos sólidos podem ser perigosos (Classe I) e não perigosos (Classe II), que por sua vez podem ser não inertes (Classe II A) ou inertes (Classe II B).

A partir da identificação dessas características, a empresa de gerenciamento de resíduos no ES determina o tipo de tratamento de resíduos mais indicado e viável, que, nesse caso, podem ser tratamento mecânico, bioquímico ou térmico.

Classificações dos materiais na gestão de resíduos

A classificação dos materiais no tratamento de resíduos é definida por uma legislação ambiental. A norma NBR 10.004/04 é a responsável por fazer essa definição de acordo com a natureza física, composição química e nível de risco ao meio ambiente

Classe I – resíduos perigosos

No tratamento de resíduos perigosos, são considerados aqueles que apresentam periculosidade e características como inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade.

Os materiais classificados como perigosos são: agrotóxicos; pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes; produtos eletroeletrônicos e seus componentes; lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; produtos inflamáveis; produtos tóxicos; patogênicos; corrosivos; reativos; oxidantes; substâncias infectantes; material radioativo; explosivos;

De maneira geral, são todas as substâncias que podem trazer sérios riscos à saúde e ao meio ambiente. A lei 12.305/10 da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabeleceu que, no tratamento de resíduos, determinados materiais devem retornar à indústria ou setor comercial para serem reciclados ou descartados adequadamente em aterros.

Classe II – não perigosos

O tratamento de resíduos não perigosos inclui aqueles que não apresentam riscos à saúde humana e ao meio ambiente. Eles podem ser não inertes (Classe II A) ou inertes (Classe II B).

• Classe II A – não inertes

Esses resíduos possuem propriedades como biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água.

Eles não são inflamáveis, corrosivos, tóxicos, patogênicos e também não sofrem reação química. Entretanto, não quer dizer que não trazem prejuízos ao meio ambiente e à saúde caso sejam descartados incorretamente, causando entulhos e enchentes, por exemplo.

Por isso, devem receber o devido tratamento de resíduos, dispostos em aterros sanitários ou reciclados.

Alguns exemplos são os restos orgânicos de alimentos; restos de madeira; materiais têxteis; fibras de vidro; lama proveniente de sistemas de tratamento de água; poliuretano (presente em espumas, adesivos, preservativos, vedações, carpetes, tintas e mais); gessos; lixas; plásticos e garrafas PET etc.

• Classe II B – inertes

Diferentemente dos não inertes, no tratamento de resíduos de classe II B inclui-se os materiais solúveis, inflamáveis e não sofrem reação física ou química. Também não contaminam outras substâncias.

Podem ser descartados em aterros sanitários ou reciclados, já que não se decompõem ou se alteram com o tempo. Alguns exemplos são os entulhos de demolição, pedras, areia, sucatas de ferro, madeiras, isopor, borrachas, latas de alumínio e vidros.

Tipos de tratamento de resíduos

A partir da classificação, é necessário definir o tipo de tratamento de resíduos. Na gestão de resíduos, são usadas técnicas para um correto destino, seja ele o descarte em aterros, reciclagem ou outra eliminação, a fim de não prejudicar o meio ambiente nem a saúde dos seres humanos.

Os tipos de tratamento de resíduos podem ser mecânicos, bioquímicos ou térmicos.

Tratamento mecânico

O tratamento de resíduos mecânico tem o objetivo de fazer a separação, em usinas de triagem ou alterar o tamanho físicos dos resíduos num processo de reciclagem.

Pode-se fazer a trituração, quebra, compactação, sedimentação, filtragem, decantação, condensação e evaporação. É realizado em resíduos inertes e não inertes.

Tratamento bioquímico

É feito pela ação de seres vivos, ou seja, microrganismos que se alimentam dos resíduos. Esse processo de gestão de resíduos pode ser por meio de biodigestão ou compostagem, e é feito com resíduos não inertes.

Tratamento térmico

Na gestão de resíduos térmica, é usado o calor para mudar as propriedades dos materiais. Consiste em incineração, pirólise e plasma, e é um processo feito em resíduos perigosos e resíduos inertes.

A gestão de resíduos é um processo muito importante feito por uma empresa de gerenciamento de resíduos no ES. É fundamental que se faça a análise das classificações para que seja feito o tratamento de resíduos de forma correta e adequada.

Isso garante que a empresa fique em conformidade com as legislações ambientais e auxilia na preservação do meio ambiente e no cuidado com a saúde da população.