Existe uma série de normas que estabelecem como devem ser acondicionados os resíduos hospitalares, que são estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).
Diante disso, clínicas, consultórios, hospitais, laboratórios, entre outros estabelecimentos que executam atendimento médico-hospitalar devem ficar atentos à legislação e encontrar uma empresa de coleta de lixo hospitalar, a fim de não causar danos à saúde pública.
Mas, afinal, como são classificados os resíduos hospitalares?
Antes mesmo de descartar o lixo hospitalar, o primeiro passo é separar os resíduos de acordo com suas classificações — para, então, armazená-los em um local seguro e encaminhá-los para processos de desinfecção, se necessário.
Na coleta de resíduos hospitalares, existem diferentes tipos de resíduos que são classificados como infectantes, químicos, radioativos e perfurocortantes. Veja a seguir as características de cada um deles.
Grupo A
Formado pelos resíduos hospitalares potencialmente infectantes, ou seja, aqueles que apresentem agentes biológicos com risco de infecção, como bolsas com sangue contaminado, carcaças de animais e outros. Devido consistir em materiais altamente perigosos, o descarte deve ser realizado de forma separada e identificada, conforme as orientações da Resolução de número de 306 de 2004 (Anvisa). Nesta classificação, o lixo hospitalar é subdividido em categorias, tais como:
Grupo A1: resíduos que contém micro-organismos, como bolsas de transfusão, sobras de amostras ou materiais com líquidos corporais, entre outros.
Grupo A2: carcaças de animais que possam apresentar risco epidemiológico;
Grupo A3: partes de seres humanos e produtos de fecundação sem sinais vitais;
Grupo A4: nesse grupo entram materiais como gazes, kit de linhas arteriais endovenosas, entre outros;
Grupo A5: já o grupo 5 refere-se às excreções, secreções e outros líquidos gerados por pacientes.
Grupo B
O grupo B é composto pelo lixo hospitalar químico, que possui substâncias capazes de causar risco à saúde ou ao meio ambiente. Independentemente de suas características inflamáveis, corrosivas, reativas ou tóxicas, esses elementos devem ser separados dos demais.
Bons exemplos desse grupo são os medicamentos para o tratamento de câncer e substâncias usadas para revelar radiografias.
Grupo C
Na coleta de lixo hospitalar, o grupo C é formado pelos rejeitos que contêm níveis radioativos acima de determinados limites e que não podem ser utilizados novamente, como é o caso de materiais para exames de medicina nuclear.
Grupo D
O grupo D, por sua vez, são os resíduos como: luvas para realização de procedimentos, materiais que podem ser reciclados, como os papéis.
Grupo E
Por fim, há o grupo E, é formado por objetos perfurocortantes. Esse tipo de material exige um grande cuidado para ser armazenado e descartado, por conta de se tratarem de instrumentos que podem provocar cortes, como é o caso dos bisturis e das agulhas, aumentando o risco de infecção.
Níveis de exigência para a coleta do lixo hospitalar
Todo material descartado em ambiente hospitalar é propício à disseminação de agentes tóxicos e contaminantes, como vírus e bactérias e por isso deve seguir padrões determinados pela Anvisa, como aqueles publicados em Normas Regulamentadoras (NRs) e em Resoluções da Diretoria Colegiada (RDCs).
Com todo o material separado e bem acondicionado, é possível evitar inúmeros acidentes — não só em relação aos funcionários dos hospitais, mas também àqueles que coletam e transportam todo o lixo para os locais de descarte.
De modo geral, o descarte de lixo hospitalar deve ser feito com muita responsabilidade e cuidado. Por isso, é essencial ter um bom gerenciamento do lixo hospitalar realizado por uma empresa de gestão de resíduos, a fim de garantir a padronização, a segurança e a eficiência do serviço — tudo dentro das regras estabelecidas pela Anvisa.